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A Batalha do Amanhecer

  Caim era um vigia do exército das na??es livres do sul. Normalmente sua fun??o é mais tranquila que fosse, o deixava tenso com medo de cada sombra ou barulho no vale noturno.

  Porém a calmaria desta noite, era um prenúncio claro de que algo estava errado. E foi quando uma flecha atravessou o véu da escurid?o à sua frente, acertando em cheio seu ombro esquerdo, que a certeza de que essa noite n?o seria como as outras ficaram evidentes.

  Tochas iluminaram o vale, gritos de guerra, pedidos de misericórdia, flechas e sangue pintaram uma noite repentinamente de horror.

  Uma buzina soou tarde demais nas fileiras das na??es aliadas, dando um aviso tardio, sobre o ataque em andamento.

  Esquadr?es de elite buscaram, sem sucesso, conter o avan?o imparável do exército inimigo.

  Soldados aventureiros desciam as montanhas, galopando animais velozes de seis pernas. A frente do exército estava às portas de desmoronar pelo caos do ataque relampago.

  Os primeiros raios do amanhecer traziam luz as cenas caóticas que se desenrolavam no vale, iluminando os generais que do centro do acampamento observavam uma batalha crescente.

  — Milordes o momento é chegado, enviem as máquinas de assalto.

  O espanto da ordem surpreendeu a todos.

  — Lorde Ferron você está falando sério? Enviar as máquinas de assalto agora que nossos soldados est?o emparelhados com o inimigo, é condenar a morte um ter?o do nosso exército!

  — acalme-se Lorde Darren. Tudo está de acordo com nossas expectativas. Se sofrermos pesadamente baixas e o Mestre do espa?o n?o intervir, concerteza os outros mestres intervirá.

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  — Entendendo a necessidade de sacrifícios para for?ar a luta para o nível mestre e alcan?ar uma resolu??o sem mais derramamentos de sangue por parte de soldados e gente comum. Mas n?o vamos longe demais? Sendo a m?o do carrasco?

  — Ainda bem que a decis?o é minha geral. N?o espero que você entenda as sutilezas do plano do conselho dos nobres. Mas espero que você obede?a as ordens.

  A animosidade era palpável no ar entre o nobre e o geral. Nascido de família comum em um mundo onde quem governava tinha poder para matar bolsas com um motor de suas m?os, Lorde Darren n?o era do tipo que se resignava com o status quo. Prova disso foi sua chegada ao posto mais alto que uma pessoa sem educa??o rúnica poderia chegar na vida.

  A tens?o n?o durou muito. Um estrondo reverberou por todo vale, quando uma fenda de vinte metros de comprimento surgiu no céu do amanhecer. Todos pararam incapazes de continuar a carnificina diante de tamanha demonstra??o de poder. Um abismo escuro cinza se retorcia dentro da fenda.

  Enquanto os dois militares olhavam, a incomoda sensa??o de que o abismo olhava de volta aumentava com o passar dos segundos, sem deixar de observar horas.

  Dando um passo de cada vez, uma figura foi surgindo dentro do abismo. Crescia e ficou mais nítida a medida que se aproximava. Quando os últimos passos foram dados, todos puderam ver um homem, de pele negra, longas tran?as caiam em seus ombros. Seu manto cinza escuro, cobria sua cal?a e camisa de linho cinza claro. Seus olhos prateados encaravam a todos no campo de batalha a baixo.

  Khaled acabou de chegar no vale.

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