Se sou luz, ent?o aceito me desfazer no ar para que continue a andar nesse mundo.
Lázarus e Ariel viram a menina humana perto do córrego que saía da floresta, e ficaram preocupados ao verem que alguns seres progrediam para cercá-la.
Com for?a impactaram o solo, Lázarus de frente para o grosso do bando, uns dez metros da menina, enquanto Ariel descia ao seu lado.
- Você já os viu? – perguntou apressada segurando a flecha que ela disparara contra o seu cora??o, demonstrando que estavam ali para protegê-la, impedindo assim que entrasse em panico. Devagar apontou com os olhos para os lados, e soltou a seta.
A menina fez sinal de que sabia o que estava para acontecer, relaxando a press?o na corda e na nova seta.
Ariel sorriu, ao ver que ela tinha uma faca presa por correias em cada pulso, tendo quase certeza de que nas coxas também deveriam haver outras amarradas. Os olhos dela estavam tranquilos, vasculhando a floresta, a seta perfeitamente alinhada com a sua vis?o.
De súbito dois nefelins de poder se lan?aram contra eles, juntamente com um ellos e um caipora em fogo.
O silvo surgiu no mesmo momento, atingindo o ellos no meio da cabe?a, que tombou com for?a para trás, enquanto Lázarus colhia o ser de fogo, que se tornou ainda mais incandescente. Com um movimento o levantou e quebrou o seu ombro direito. Mas o ser n?o se entregou. Tomado de fúria ele desceu o outro bra?o, segurando em fogo o ombro do AsaCortada. Lázarus o girou no ar, arremessando-o com violência no ch?o, onde se quebrou como um brinquedo de lou?a. Ao se virar viu Ariel lutando com um dos nefelins, enquanto o outro atingia com fúria a menina, que girava e saltava, mas n?o conseguia escapar dele. Sua dúvida de a quem devia ajudar terminou ao ver que a menina, quando tentava saltar para longe do nefelin, foi atingida no ombro e na cabe?a, o que a lan?ou contra algumas grandes rochas.
Depressa correu ao seu encontro, se interpondo no caminho do nefelin.
O nefelin se tomou de brumas esfiapadas, se lan?ando contra Lázarus. Num movimento brusco Lázarus girou forte, abrindo caminho pela bruma, o bra?o avan?ando para dentro, abrindo espa?o pelo peito da criatura. Como uma alavanca o levantou e o lan?ou para longe.
Foi quando Ariel se dirigia para a menina que ele surgiu.
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Como aquele Lázarus n?o tinha visto ainda. Ele tinha uma aura diferente, sugerindo um perigo estranho.
Quando ele caiu sobre Ariel a atingiu com tamanha for?a que a lan?ou para longe. Sem perda de tempo, com uma velocidade n?o esperada, avan?ou contra Lázarus, atingindo-o de frente, lan?ando-o com violência contra uma árvore, que teve o tronco quase quebrado, suas fibras estalando perigosamente.
Apressado, Lázarus se virou, verificando que Ariel se levantava, mostrando apenas sinais de dores. Ao se virar para encarar a nova criatura se assustou, porque nem ele nem a garota estavam mais ali.
Tomado de preocupa??o Lázarus foi até Ariel, que mostrava pequenos arranh?es e assombro.
- O que foi isso? – perguntou, confusa.
- Nunca vi nada igual. N?o sei o que era. Como você está?
- Eu estou bem. Mas, estou preocupada com a menina. Ele a levou?
- Parece que sim, Ariel.
- A procurou?
- Sondei todo o lugar, e n?o vejo sinal deles. Ela está viva, ou estava, mas n?o consigo mais ver sinal dela.
- N?o a conhecíamos. Isso torna achá-la mais complicado. E agora, o que fazemos?
- Venha! – falou, subindo alto no céu.
Por muito tempo ficaram lá, vasculhando, procurando pela energia da menina, que poderiam reconhecer. Mas, por mais que tentassem, n?o a conseguiam achar.
Lázarus n?o mostrava sinais de que iria desistir facilmente.
Ariel olhou preocupada para ele, desconfiando se era a preocupa??o com a menina o que movia Lázarus.
Seu cora??o pesou com a certeza de que o que acontecera com ela o deixara perigosamente transtornado.
- Eu estou bem. Sério, Lázarus, eu estou bem. N?o deve me deixar preocupada – sussurrou amargurada, seguindo para um jequitibá ao longe, onde pousou.
- Eu sei o que está pensando...
- E estou errada?
- Temo que n?o – confessou, a voz abafada, os ombros pesados, pousando ao seu lado. Com cuidado a puxou para si num abra?o suave e carinhoso. – Eu estou trabalhando nisso. E você? Raiva?
- Eu n?o tenho meu passado como guerreira para me puxar, se tirarem você de mim – falou bem baixinho, a voz embargada.
- Seria apenas a express?o da dor – falou ele por sua vez, e ela viu que ele estava certo. Como poderia julgá-lo?
- Me perdoe! Eu apenas quero que, caso algo me aconte?a, você possa... Quer dizer, n?o quero que você deixe sua dor perder tudo o que já conquistou. Como guerreiro você é um ser muito magoado e... sofrido. N?o quero isso para você.
Lázarus a abra?ou mais fortemente, examinando como que de uma perspectiva mais distante o sentimento que tivera, mas resolveu que n?o podia se arriscar, indo mais fundo nele.
- Eu sei, eu sei, minha querida. Estou tentando – sorriu abandonado, a mente em seu cora??o, sentindo seus pulsar, sentindo a respira??o, imaginando que se observava de fora, trazendo para si a tranquilidade e o controle que precisava. Suspirou bem devagar. – No entanto, independentemente do que sentimos, há esse ser, e ele nos atacou e levou a menina. Ele n?o pode ficar impune.
- Lázarus, você mediu o poder dele? Apesar de tudo ter sido meio explosivo, confesso que poder como aquele só vi em anjos e dem?nios. Mas ele n?o era nenhum deles. O que ele era? é certo que é um dahrar, mas de que tipo?
- Nem imagino, Ariel. E duvido que os outros saibam. E, tem uma outra coisa: ele deve ser realmente muito especial.
- Por que diz isso?
- Porque ele se ocultou, a ele e a menina, nesta e na quarta dimens?o...