Luck treinou intensamente após o ocorrido, ficando mais forte a cada dia. Em pouco tempo, já superava Gaspar em for?a física — algo impressionante, considerando que seu mentor possuía um corpo robusto e preparado. Isso, no entanto, n?o abalava Gaspar; pelo contrário, enchia-o de orgulho ver uma crian?a que criou se tornar t?o poderosa.
Sempre que tinha oportunidade, Luck explorava a floresta próxima à cabana — uma regi?o cheia de mistérios, pequenas ruínas e relíquias esquecidas pelos antigos exploradores. Curioso, muitas vezes se deixa levar, seguindo sem medo ao encontro de seu destino.
Em uma ocasi?o especial, Gaspar e Jasmine partiram para a cidade, encarregados das tarefas do dia: cuidar da loja, vender materiais e realizar trabalhos. Aproveitando a oportunidade, o jovem Luck, agora mais forte e corajoso, preparou seus melhores equipamentos para sua primeira expedi??o verdadeira.
Ao sair, Sark — que havia ordens recebidas de Gaspar para vigiar a cabana — consegue a movimenta??o. Sem ser notado, esgueirou-se até a mochila de Luck e se acomodou entre as provis?es. Luck o notou, mas, sorrindo, achou que seria bom ter a companhia do pequeno amigo, que conhecia a floresta muito melhor que ele.
Após organizar suas coisas, Luck partiu rapidamente. O dia estava magnífico: temperatura agradável, céu limpo, uma brisa leve. Tudo parecia conspirar a seu favor. Em um momento de esplendor, ele se viu à beira de um precipício — à sua frente, a vastid?o da floresta se estendia, uma vis?o grandiosa de árvores coloridas e uma variedade de animais, como se um quadro vivo se estendesse diante de seus olhos. Luck notou que sua vis?o parecia mais agu?ada do que nunca.
Ao longo, avistou uma constru??o peculiar: uma imensa árvore cercada por tijolos de pedra, formando uma base arredondada, com uma grande porta de madeira refor?ada com ferro. Curioso, pensou: "Seria uma masmorra?"
Determinando-se a investigar, verifica-se uma forma de descer a montanha em dire??o à grande árvore. Sark, silenciosamente, o acompanhava. Ao chegar próximo, Luck observou com aten??o: entre as frestas dos tijolos, marcas e inscri??es em línguas antigas eram visíveis. Um pensamento de cautela passou por sua mente — talvez armadilhas ou guardi?es.
Ao tentar abrir a porta, Luck descobre que ela estava presa por algo além da sua for?a. Quando encostou nela, o amuleto que carregava ressoou levemente, fazendo seu peito vibrar com uma sensa??o de tens?o.
Nesse momento, Sark saltou para fora da mochila, passando por uma pequena fresta e entrando na constru??o. Lá dentro, posicionou-se sobre uma inscri??o antiga; seu colar brilhou intensamente, desencadeando um festival de luzes. As engrenagens ocultas nas pedras passaram a ranger e a velha porta se abriu lentamente.
O interior era úmido — o solo coberto por pequenas plantas, musgo, grama e cogumelos que se estendiam até o concreto e as pedras. à frente, uma imagem Tribalista adornava a parede principal, com uma escada descendente cercada por vasos, caixotes e antiguidades espalhadas.
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Luck, observando com aten??o, decidiu descer. A escada mergulhou em um ambiente escuro, mas ele viera preparado: acendeu uma tocha. Poucos passos adentro, uma voz ecoou em sua mente:
"Portador da magia antiga, antes de receber, deve provar seu valor."
Sentindo o perigo iminente, Sark pulou e saiu rapidamente pela fresta antes que a porta se fechasse, partindo em busca de ajuda. Sabia que n?o poderia enfrentar o que viria a seguir.
Sem entender, Luck viu seu amuleto brilhar. Uma enorme estátua de pedra come?ou a tremer no sal?o. Um pouco assustado, ele olhou em volta — as luzes nas paredes come?aram a acender. Ele se sentiu completamente perdido: suas flechas, suas armadilhas — nada seria eficaz contra uma criatura feita de pura rocha.
A estátua abriu uma fenda no rosto, liberando uma forte onda sonora que ecoou pelo sal?o. Em meio à adrenalina, Luck se lembrou dos ensinamentos de Gaspar: "Mantenha a calma, n?o importa qu?o ruim seja a situa??o."
Ele tentou encontrar uma solu??o, mas uma criatura n?o deu tempo. Embora lento, cada golpe da estátua seria fatal. Cordas? Flechas? Armadilhas? Nada funcionária. Enquanto lutava por sua vida, Luck foi sendo encurralado em um canto sem saída.
Ferido pelos estilha?os das rochas, exausto e sem esperan?a, uma voz ecoou em sua mente:
"Por que foges, guardi?o? Tens medo da sua própria cria??o?"
Seu cora??o afundou. No escuro, sua alma hesitava. Ele pensou:
"Sou fraco. N?o deveria estar aqui. Todos me alertaram para ficar longe da floresta... mas eu n?o ouvi."
A voz sussurrou:
"Renda-se ao ódio da malícia, guardi?o... e eu serei a sua for?a."
Aceitando seu destino, Luck permitiu que toda a malícia acumulada em seu amuleto criasse consciência. Seu corpo, tomado pelo ódio, levantou-se sozinho. Estendeu o bra?o com a m?o aberta, envolto em uma aura vermelha e negra.
A estátua, impiedosa, concentrou toda sua for?a em um único golpe. O impacto veio — mas Luck, agora controlado pela ira, n?o se moveu. Recebeu todo o impacto e em sua volta o solo rachou com o poder concentrado. Seus dedos cravaram-se na pedra viva, e sua aura vermelha se infiltrou pelas fissuras, buscando o núcleo da criatura.
Percebendo o perigo, a estátua rompeu o próprio bra?o direito para se livrar de Luck, afastando-o temporariamente. No entanto, o garoto, cego pela raiva, se curvou como um animal e avan?ou com a velocidade de um lobo. Desviou dos ataques desesperados da estátua e, com agilidade selvagem, escalou suas costas.
Uma aura se infiltrou no interior da criatura, que se debateu em desespero, golpeando as paredes e fazendo o sal?o tremer. Mas era tarde: a energia maligna alcan?ou o núcleo e o destruiu, paralisando completamente a estátua.
O amuleto foi consumido toda a for?a vital do inimigo. Exausto, Luck desmaiou. Seu amuleto, que um dia brilhava com a pureza dourada do amor e da esperan?a, agora pulsava com uma luz negra e incontrolável